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Paraíba é o terceiro estado com maior taxa de analfabetismo entre pessoas a partir dos 15 anos

A Paraíba segue entre os três estados com os piores indicadores de alfabetização no Brasil. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgados nesta sexta‑feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que 12,8% da população paraibana com 15 anos ou mais não sabe ler nem escrever. O índice, obtido na coleta de 2024, só é mais baixo que o de Alagoas (14,3%) e Piauí (13,8%).

Apesar da posição incômoda, o estado registra avanço em relação ao levantamento anterior, de 2016, quando a taxa era de 15,4%. A redução de 2,6 pontos percentuais acompanha a tendência nacional, mas o índice paraibano ainda supera em mais que o dobro a média brasileira de 5,4%.

Desempenho entre idosos

O retrato é ainda mais crítico entre os idosos. Na faixa etária de 60 anos ou mais, a Paraíba reúne 33% de analfabetos, o quarto maior percentual do país. Em 2016, esse número era de 42,2%, indicando queda significativa, mas ainda distante da meta de eliminação do analfabetismo prevista no Plano Nacional de Educação.

No ranking negativo entre idosos, apenas Alagoas, Maranhão e Piauí estão à frente da Paraíba. A média nacional para esse grupo etário ficou em 14,9%.

Ranking por estados (15 anos ou mais)

  1. Alagoas – 14,3%
  2. Piauí – 13,8%
  3. Paraíba – 12,8%
  4. Ceará – 11,7%
  5. Maranhão – 11,4%
  6. Sergipe – 10,8%
  7. Rio Grande do Norte – 10,4%
  8. Pernambuco – 10,1%
  9. Bahia – 9,7%
  10. Acre – 9,3%
    (demais estados apresentam índices inferiores a 7%)

Desafios e perspectivas

Especialistas em educação atribuem a persistência dos altos índices no Nordeste a fatores como desigualdade socioeconômica, evasão escolar na zona rural e dificuldade de acesso à Educação de Jovens e Adultos (EJA). Para acelerar o processo de alfabetização, o IBGE recomenda que estados e municípios ampliem políticas de busca ativa, reforcem parcerias com organizações sociais e invistam na formação de educadores populares.

Enquanto isso, a Secretaria de Estado da Educação garante que, até o fim de 2025, deverão ser criadas novas turmas voltadas ao público adulto, com prioridade para áreas rurais do Sertão e Cariri. O programa Paraíba que Lê, segundo a pasta, também deverá oferecer subsídios a estudantes com renda familiar inferior a meio salário mínimo, como kits de estudo e auxílio transporte.

Mesmo com avanços, o ritmo atual mantém a Paraíba no grupo dos estados com maior desafio educacional, reforçando a urgência de investimentos contínuos e ações articuladas para romper o ciclo do analfabetismo.

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