Uma menina de apenas 6 anos de idade está internada em estado grave após ser atropelada por um carro desgovernado na noite dessa segunda-feira (4), na comunidade Vila Cabral de Santa Rosa, em Campina Grande. O condutor do veículo, segundo informações da Polícia Militar, é um policial militar reformado que apresentava sinais de embriaguez e se recusou a realizar o teste do bafômetro.
De acordo com relatos colhidos no local, a população ficou revoltada com o ocorrido e partiu para cima do veículo, que foi danificado com chutes e pedradas. Diante da tensão, o motorista fugiu do local, mas foi localizado momentos depois pelas forças de segurança.
O homem foi conduzido à Central de Polícia Civil de Campina Grande, onde permaneceu detido à disposição da Justiça, aguardando audiência de custódia. A Polícia Militar confirmou que ele apresentava sinais evidentes de embriaguez, embora tenha se negado a realizar o exame etílico.
Situação da vítima
A menina foi socorrida em estado crítico por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e levada às pressas para o Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, onde passou por procedimentos de urgência ainda na madrugada.
Segundo boletim médico divulgado na manhã desta terça-feira (5), a criança segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), intubada, em estado grave, porém com estabilidade hemodinâmica.
A médica Rayssa França, que integrou a equipe de atendimento, informou que a paciente deu entrada por volta das 22h e foi imediatamente encaminhada à sala vermelha. Após avaliação da ortopedia, a criança foi levada ao bloco cirúrgico com urgência em razão de múltiplas fraturas nas duas pernas.
Durante o procedimento, foi necessário administrar duas bolsas de sangue e uma de plasma, devido a um quadro de choque hipovolêmico, consequência da intensa perda de sangue.
A equipe de cirurgia vascular também foi acionada, diante do risco de perda da perna esquerda. A criança seguirá sendo reavaliada nos próximos dias por uma equipe multiprofissional.
“É um quadro delicado. Nossa prioridade agora é preservar a vida e, dentro do possível, evitar sequelas permanentes”, declarou a médica.
O caso, que comoveu moradores da comunidade e gerou indignação nas redes sociais, será investigado pela Polícia Civil, que apura as circunstâncias do atropelamento e eventuais agravantes relacionados à embriaguez do condutor.
