A embaixada dos Estados Unidos no Brasil replicou, nesta terça-feira (9), mensagem de uma autoridade pública norte-americana avisando que o governo de Donald Trump “continuará a tomar medidas cabíveis” em relação à continuidade do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro e outros sete réus, incluindo generais ex-ministros do governo dele, são acusados de comandar uma tentativa de golpe de Estado para impedir o presidente eleito em 2022, Luiz Inácio Lula da Silva, de assumir o cargo.
A mensagem divulgada pela embaixada cita diretamente o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, e “indivíduos cujos abusos de autoridade têm minado” valores de liberdade e justiça.
Em 8 de agosto, a embaixada já tinha acusado Moraes de ser “o principal arquiteto da censura e perseguição contra Bolsonaro e seus apoiadores” no Brasil.
Na ocasião, a representação diplomática estadunidense advertiu “os aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas” a não apoiarem ou facilitarem as decisões legais do ministro, sob risco de sofrerem sanções. Em resposta, o Itamaraty convocou o encarregado de negócios da embaixada, Gabriel Escobar, a dar explicações sobre as ameaças do governo Trump.
Trump também já tinha instituído a alta taxa de importação imposta ao Brasil para tentar impedir que a Justiça brasileira siga seu curso e analise se Bolsonaro, de fato, tentou um golpe de Estado.
Reações de brasileiros
A postagem da embaixada gerou reações imediatas de internautas brasileiros. Alguns agradeceram a postura das autoridades estadunidenses, mas a maioria criticou o que classificou como um gesto indevido de interferência.
A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria do ministro Alexandre de Moraes, mas até esta notícia ir ao ar, não tinha recebido um posicionamento.
Com Agência Brasil