A polêmica entre Palmeiras e Flamengo voltou a ganhar destaque no futebol brasileiro. Leila Pereira, presidente do Palmeiras, criticou o rival após o clube carioca entrar com ação judicial para bloquear o repasse de R$ 77 milhões referentes a direitos de TV do Brasileirão, que deveriam ser distribuídos entre os clubes da Libra, entidade formada por Palmeiras, Bragantino, São Paulo, Santos, Atlético-MG, Bahia, Grêmio, Vitória, Remo, Paysandu, Volta Redonda, ABC, Guarani, Sampaio Corrêa, Brusque e o próprio Flamengo.
Em entrevista à Record, Leila Pereira foi direta:
“Minha sugestão seria criarmos uma outra liga excluindo o Flamengo. O Flamengo tem que jogar sozinho. Nenhum clube é maior que o futebol brasileiro. Eu quero ver a audiência que ele vai ter.”
A controvérsia gira em torno de um contrato firmado em 2024, válido até 2029, que define a divisão dos ganhos com pay-per-view com base no desempenho de audiência. O Flamengo alega ter sido prejudicado pelos termos assinados pelo ex-presidente Rodolfo Landim e busca revisar a distribuição do dinheiro sob a gestão de Luiz Eduardo Baptista.
A Libra, por sua vez, critica a ação do Flamengo, afirmando que a atitude da atual diretoria desgasta a harmonia do grupo. A entidade disse estar surpresa com a iniciativa do clube, já que o tema havia sido discutido e recusado em reuniões anteriores. Em setembro, os demais clubes aprovaram um novo critério para dividir a parte referente à medição de audiência, contrariando os interesses do Flamengo.
A polêmica evidencia a crescente tensão entre os clubes e a disputa pelo controle das receitas do Brasileirão, mostrando que a guerra nos bastidores pode ser tão acirrada quanto a disputa dentro de campo.
