O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (MDB), que está sob investigação da Polícia Federal (PF) por suspeita de ligação com uma facção criminosa nas eleições municipais de 2024, se manifestou publicamente nesta quarta-feira (29), rechaçando as acusações e atribuindo-as a uma articulação política visando seu futuro eleitoral.
O inquérito, autorizado pelo TRE-PB para apurar se Lucena se beneficiou da facção ‘Nova Okaida’ em troca de nomeações, foi classificado pelo gestor como um ataque com “tom político” orquestrado por aqueles que se opõem à sua provável candidatura ao governo da Paraíba em 2026.
“Isso deve ser o desespero daqueles que não têm propostas para mostrar e pensam que a prática de denegrir é uma prática que dá votos, mas isso só mostra o caráter de quem age dessa forma,” afirmou Cícero Lucena.
“Consciência Tranquila” e Ameaça de Justiça
O prefeito fez questão de ressaltar sua “consciência tranquila” e seu histórico em processos judiciais, garantindo que sempre provou sua inocência. Ele lamentou que a prática de denegrir a imagem de adversários ainda seja utilizada por alguns políticos, “às vezes orientados por marqueteiros ou por alguém da família.”
Lucena disse que manterá a tranquilidade diante do inquérito, mas deixou um aviso severo: “aqueles que extrapolarem a questão da legalidade serão acionados na justiça e podem responder pelo desserviço que estão prestando aos seus adversários políticos.”
Exonerações e Relações Políticas
Questionado pela imprensa sobre as recentes exonerações de pessoas ligadas ao PSB na sua gestão, o prefeito negou qualquer motivação política ligada à investigação ou a um possível racha. Ele classificou o movimento como um “processo natural” de gestão.
“A administração está fazendo um cruzamento de dados e tem pessoas que estão acumulando cargos no estado e na Prefeitura. E quando a gente identifica, demite,” declarou Lucena.
A PF tem o prazo de 30 dias para concluir o inquérito, que definirá o futuro processual do prefeito no Tribunal Regional Eleitoral.










