O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino (Republicanos), confirmou nesta quinta-feira (16) sua pré-candidatura ao Governo do Estado nas eleições de 2026. Em entrevista concedida no município de Sousa, o parlamentar destacou que sua trajetória política simboliza um contraponto às oligarquias tradicionais que, segundo ele, historicamente dominaram a política paraibana.
“Venho de uma origem simples, sem sobrenome político. Comecei como vereador, depois fui prefeito, e sempre com o apoio do povo conseguimos romper ciclos de dominação”, afirmou Galdino, ao reforçar que sua possível candidatura busca representar os paraibanos que não possuem influência familiar ou poder econômico nas estruturas partidárias.
Natural de Pocinhos, no Agreste do estado, o deputado relembrou os desafios enfrentados no início da vida pública, quando, ainda jovem, decidiu enfrentar grupos políticos que se revezavam no comando da cidade por décadas.
Mesmo sem o apoio oficial do Governo do Estado e nem o respaldo do presidente nacional do Republicanos, o deputado federal Hugo Motta, Galdino afirmou estar motivado pela confiança popular e pela fé. Ele citou pesquisas recentes que o colocam com cerca de 12% das intenções de voto, mesmo sem contar com uma estrutura partidária consolidada.
Durante a entrevista, o presidente da ALPB também chamou atenção ao declarar sua simpatia pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda que não seja filiado ao Partido dos Trabalhadores. “Não sou petista, sou lulista. Lula conhece as dificuldades do Nordeste. Se ele me pedisse hoje um palanque na Paraíba, deixaria o meu partido para cumprir essa missão com orgulho”, afirmou.
A fala ocorre em meio a intensas articulações políticas para as eleições de 2026, período em que Galdino tenta se firmar como uma alternativa popular e independente dos grandes grupos que historicamente disputam o poder no estado.
Com um discurso centrado na superação pessoal e na representatividade popular, Adriano Galdino busca construir uma candidatura que dialogue diretamente com o eleitor comum, apostando em sua trajetória de ascensão política “de baixo para cima” como principal marca de sua campanha.
