A banda Cavaleiros do Forró voltou a protagonizar momentos lamentáveis na sua trajetória. Durante uma apresentação recente, o cantor Ramon Costa se envolveu em nova polêmica que rapidamente tomou conta das redes sociais. Depois de causar revolta ao fazer comentários pejorativos sobre a cidade paraibana de Coxixola, ironizando o município por não ter shopping e insinuando que, por isso, seria um lugar atrasado, Ramon chocou o público ao puxar a cadeira de seu colega de banda, Neto Rodrigues, derrubando-o em plena apresentação.
Para grande parte da plateia e dos internautas, o episódio ultrapassou o limite do aceitável. A zombaria contra Coxixola, cidade pequena, porém rica em história e cultura, foi vista por muitos como xenófoba e desrespeitosa. Em um país marcado por desigualdades regionais, esse tipo de deboche apenas reforça estereótipos e revela uma insensibilidade preocupante de quem deveria valorizar as raízes populares nordestinas.
A situação se agravou com a cena constrangedora no palco. Derrubar publicamente um colega de trabalho jamais deveria ser normalizado como humor. Embora alguns tentem minimizar o ocorrido, a enxurrada de críticas nas redes sociais mostra que o público está cada vez menos tolerante com atitudes disfarçadas de brincadeira que, na prática, expõem e humilham.
O forró, patrimônio cultural nordestino, sempre foi símbolo de resistência, inclusão e respeito à diversidade regional. Quando artistas que deveriam representar essa essência optam por ridicularizar o interior e constranger colegas diante do público, não apenas desrespeitam o próximo, mas também comprometem a dignidade da cultura popular, onde muitos afirmam defender.
Que esse episódio sirva de alerta: humor não é licença para diminuir ninguém, e palco algum deve ser palco para constrangimento.
Imagens captadas do Instagram Oficial da Cavaleiros Do Forró.










