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Artur Bolinha renuncia à presidência do Treze em meio a crise no ano do centenário

O empresário Artur Bolinha renunciou, nesta segunda-feira (2), ao cargo de presidente do Treze Futebol Clube. A decisão ocorre em meio a uma grave crise técnica e institucional enfrentada pelo clube paraibano, que atravessa um dos piores momentos de sua história justamente no ano em que celebra o centenário.

A saída do dirigente acontece após o time acumular quatro derrotas em sete partidas na Série D do Campeonato Brasileiro, repetindo o desempenho abaixo do esperado no Campeonato Paraibano. Sem a perspectiva de acesso à Série C, o Treze corre o risco de ficar restrito apenas ao calendário estadual em 2026.

Em nota oficial, Bolinha justificou a renúncia citando a insatisfação com os resultados e o aumento da pressão sobre a diretoria, que, segundo ele, passou a atingir familiares de dirigentes. “Quando as críticas ultrapassam os limites e chegam a esposas, pais e filhos, o desgaste deixa de ser aceitável”, declarou.

Apesar da crise esportiva, o agora ex-presidente destacou avanços administrativos durante sua gestão, como o controle da dívida, a reestruturação interna, a reativação das categorias de base e negociações com investidores para transformar o clube em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Ele garantiu que os salários estão em dia e que o clube será entregue sem novos débitos.

O Conselho Deliberativo foi notificado e deverá conduzir o processo de transição, com a convocação de novas eleições para o comando do Treze.

Confira abaixo a nota na íntegra:

O Presidente Artur Bolinha informa a sua renúncia ao cargo de Presidente do Treze Futebol Clube. Os Vice-Presidentes e toda a Diretoria acompanham a decisão.

Esta gestão se iniciou com a conquista de um título importante, em condições extremamente adversas, com uma forte demonstração de união de todos. A partir daí o trabalho continuou com uma reestruturação de várias áreas do clube, gerenciamento de dívida e encaminhamento de recuperação judicial, melhoria de patrimônio, de condições de trabalho para atletas e funcionários, reativação das categorias de base, desenvolvimento de inúmeros negócios, licenciamento de produtos, valorização de marca, recuperação de credibilidade institucional e posição de mercado, e sobretudo retorno a competições regionais e nacionais em condições de competitividade.

Apesar de tudo isso e de todos os esforços, dentro de campo, lamentavelmente, no ano do seu Centenário, esta gestão não tem conseguido os resultados exigidos, e com os recursos que estão disponíveis, esgotou as alternativas que tinha.

Apesar de ser natural que haja crítica ao desempenho, quando este movimento começa a se transformar em ataques pessoais a esposas, pais e principalmente a filhos de Diretores, não faz mais sentido – pra ninguém – prolongar este desgaste. Pelo mesmo motivo que o trabalho começou, por respeito à história do Treze, ele agora se encerra, abrindo caminho para que as soluções que estão sendo propostas pela torcida e por outros segmentos do Clube possam ter espaço.

O Conselho está sendo notificado ainda hoje sobre a necessidade de providências imediatas para uma transição rápida, com novas eleições e o prosseguimento das atividades. O Clube não produziu mais débitos durante este período, a dívida foi estancada, tratada nas condições legais possíveis e será em breve objeto de Assembleia de Credores. As contas serão repassadas desbloqueadas, sem débitos, e com contratos de patrocínio e algumas outras cotas a serem recebidas. Os salários estão em dia. Todos os contatos em andamento com relação a investidores interessados em SAF serão também repassados.

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