O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reconheceu a possibilidade de terem ocorrido casos de corrupção no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) durante sua gestão e defendeu que as denúncias sobre descontos irregulares em aposentadorias e pensões sejam investigadas.
“Os parlamentares de direita assinaram [o pedido de CPMI]. PT, PSOL, PDT, ninguém assinou. Vamos investigar. Não existe corrupção zero. Pode até buscar, como zero absoluto, mas não tem como chegar lá. Agora, no governo Lula, o número de casos explodiu”, afirmou Bolsonaro em entrevista ao portal UOL.
Ao ser questionado se considera que pode ter havido irregularidades no período em que comandava o país, ele respondeu que “é possível”. “E que se investigue. Se alguém do meu governo fez algo errado, que pague. Ponto final”, declarou.
A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) apuram um esquema de fraudes envolvendo descontos indevidos em benefícios do INSS, com indícios de adesões feitas sem autorização dos aposentados e falsificação de assinaturas.
As investigações foram iniciadas em 2019, embora as irregularidades tenham começado ainda no governo de Michel Temer (MDB). De acordo com a Polícia Federal, entre 2019 e 2024, os valores descontados de benefícios somam R$ 6,3 bilhões — percentual que ainda está sendo apurado para identificar o montante ilegal.
