O ato convocado neste domingo (29) pelo pastor Silas Malafaia, na Avenida Paulista, em São Paulo, teve público abaixo do esperado e concentrou discursos em defesa da anistia para os envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, além de críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Batizado de “Justiça Já”, o evento reuniu, no auge, 12,4 mil pessoas, segundo o Monitor do Debate Político do Cebrap e a ONG More in Common, que utilizaram drones para estimar o público.
Apesar da baixa adesão, a manifestação contou com Jair Bolsonaro, que, mesmo com pneumonia, compareceu, além de quatro governadores aliados: Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Cláudio Castro (RJ) e Jorginho Mello (SC). Senadores, deputados bolsonaristas e lideranças religiosas também estiveram presentes.
O ato ocorre em meio ao avanço do inquérito no STF que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Bolsonaro virou réu em março, junto a aliados, e prestou depoimento no último dia 10, negando participação no plano golpista, mas admitindo exageros contra o sistema eleitoral.
Na sexta-feira (27), o ministro Alexandre de Moraes concluiu a instrução do processo, que segue agora para as alegações finais antes do julgamento. Desde janeiro de 2023, o STF já condenou 497 pessoas pelos ataques aos Três Poderes.
Durante a manifestação, Malafaia minimizou o número reduzido de participantes e reforçou o discurso de perseguição à direita, pedindo mobilização para pressionar o Congresso a aprovar a anistia aos réus.