O sertanejo da Paraíba vivenciou um alívio notável nesta terça-feira (21), com a chegada de uma forte chuva que superou a marca dos 100 milímetros em diversas localidades. O volume foi suficiente para revitalizar açudes e fazer riachos secos voltarem a correr com intensidade, como registrado em Monte Horebe, onde as precipitações ultrapassaram os 100 mm, e no sítio Timbaúba, em São José de Piranhas, com mais de 65 mm.
A notícia do volume d’água no Sertão acende o otimismo e reforça a expectativa no vizinho Cariri Paraibano, região que historicamente compartilha as benesses ou os desafios do clima nordestino. A chegada da chuva a Oeste é vista pelos produtores do Cariri como um sinal verde e um prenúncio de que a prometida quadra invernosa de 2026 pode ser generosa.
Além de amenizar o calor, o fenômeno anima o homem do campo, que acompanha de perto as previsões meteorológicas. O quadro climático atual é influenciado pelo retorno do La Niña, que, no Nordeste, costuma aumentar a intensidade das chuvas.
A previsão sinaliza para uma transição de La Niña para a condição neutra no início de 2026. Essa fase ativa do La Niña, que deve perdurar até o começo do próximo ano, sugere uma distribuição de chuvas irregular na região. Enquanto algumas áreas, como o centro-oeste do Maranhão e Piauí, podem ter volumes abaixo da média, outras, especialmente o litoral leste e nordeste (onde se inclui parte do Cariri Oriental), têm a tendência de registrar volumes acima da média.
Assim, a água que corre hoje no Sertão não é apenas um alívio momentâneo, mas sim um catalisador de esperança para os produtores do Cariri, que agora aguardam ansiosos para que os benefícios da mudança climática alcancem também seus rebanhos e suas lavouras.










