O ex-governador do Ceará, candidato a presidência do Brasil e figura histórica da política nacional, Ciro Gomes, não é mais do PDT. Ele entregou nesta sexta-feira (17) sua carta de desfiliação ao presidente do partido, Carlos Lupi.
A decisão bombástica tem um motivo claro: a briga política no Ceará. O PDT no estado fez as pazes e se juntou ao governo do petista Elmano de Freitas, um adversário político ferrenho de Ciro.
Para quem acompanha Ciro, a saída não foi surpresa. Seus aliados já consideravam a situação “insustentável” por causa das críticas públicas dele à aliança com o PT.
Ciro, que já tentou ser presidente quatro vezes, agora está “solto” e deve anunciar seu novo destino político na próxima semana.
Do lado do PDT, a notícia gerou tristeza. Antonio Neto, vice-presidente do partido em São Paulo, lamentou, dizendo que Ciro é “parte da história” e do “sonho de um futuro trabalhista” da legenda.
A confusão no Ceará é antiga. Em 2022, Ciro já tinha rompido a aliança de décadas com o PT. Na época, ele lançou seu próprio candidato (Roberto Cláudio) contra o atual governador petista, Elmano Freitas.
Ciro estava articulando uma oposição forte ao PT no estado, e por causa disso, chegou até a receber elogios de deputados ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como André Fernandes (PL-CE), que o chamou de “inteligente e corajoso” em maio.
