Com a instalação da CPI do Crime Organizado marcada para a próxima terça-feira (4), o Senado Federal assume a dianteira no esforço de aprofundar a discussão sobre a criminalidade no país.
CPI Busca Diálogo Técnico e Civilizado
O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), autor e provável relator da proposta, afirmou que o principal objetivo da CPI é “vencer a polarização” e, em vez disso, promover uma “discussão técnica” sobre o tema.
Para Vieira, a Comissão Parlamentar de Inquérito possui o potencial de gerar um “debate civilizado”, essencial para encontrar soluções efetivas. O senador do MDB-SE criticou o fato de que projetos em tramitação, como a polêmica PEC da Segurança, estariam sendo elaborados sem a devida consulta aos profissionais da linha de frente, policiais, autoridades da Segurança e auditores da Receita Federal.
“Nenhum desses projetos foi feito ouvindo os profissionais da segurança e trabalhando tecnicamente. Então, temos um distanciamento muito grande entre o Estado e a atividade,” destacou Vieira.
Ele foi enfático ao defender que a PEC da Segurança não é necessária, argumentando que a integração das forças de segurança pode ser alcançada sem uma alteração constitucional.
Outros Projetos em Contraste
Enquanto o Senado foca a investigação e o debate técnico via CPI, outras propostas de impacto circulam pelo pelo Executivo:
- PL Antifacções (Ministério da Justiça): O ministro Ricardo Lewandowski confirmou o envio iminente da proposta, que prevê medidas duras como a criação de um banco nacional de faccionados e o monitoramento de conversas de presos com advogados. O ministro também endossou a eficácia do texto de autoria do senador Sérgio Moro, que protege agentes de segurança e do sistema de justiça de ameaças do crime organizado.
A atuação do Senado, por meio da CPI, promete lançar luz sobre as falhas sistêmicas no combate ao crime organizado, servindo como um ponto de convergência para a análise técnica das demais propostas que avançam em outras casas.
Com CNN










