O sonho rubro-negro de conquistar o mundo terminou de forma dramática no Catar. Na tarde desta quarta-feira (17), no Estádio Ahmad Bin Ali, em Al Rayyan, o Flamengo empatou por 1 a 1 com o Paris Saint-Germain no tempo normal, resistiu na prorrogação, mas acabou derrotado nos pênaltis por 2 a 1, após desperdiçar quatro cobranças, ficando com o vice-campeonato da Copa Intercontinental 2025. O título ficou com o PSG.
Desde o apito inicial, o time francês mostrou porque é uma das potências do futebol europeu. Com forte marcação, troca de passes envolvente e domínio da posse de bola, a equipe comandada por Luis Enrique controlou as ações ofensivas. Logo aos oito minutos, o PSG chegou a balançar as redes após erro no recuo de Arrascaeta, mas o VAR anulou o gol ao identificar que a bola havia saído antes da finalização.
Mesmo com o lance invalidado, o PSG manteve a pressão. Vitinha comandava o meio-campo, enquanto Doué e Kvaratskhelia exploravam os lados com velocidade. O Flamengo, por sua vez, encontrava dificuldades para sair jogando e apostava em bolas longas para Bruno Henrique e Arrascaeta. Ainda assim, criou boa chance aos 16 minutos, quando Pulgar arriscou de fora da área e obrigou Safonov a fazer boa defesa.
A superioridade francesa se transformou em gol aos 37 minutos. Doué avançou pela direita e cruzou na medida para Kvaratskhelia, que se esticou de carrinho para vencer Rossi e abrir o placar.
Na volta do intervalo, o cenário seguiu parecido até a mexida decisiva do técnico rubro-negro. Aos 10 minutos da segunda etapa, Pedro entrou no lugar de Carrascal e mudou o panorama do jogo. Com mais presença de área, o Flamengo cresceu, passou a pressionar e ganhou confiança.
A reação veio aos 14 minutos. Arrascaeta invadiu a área e foi derrubado por Marquinhos. Após revisão do VAR, o árbitro marcou pênalti. Jorginho cobrou com frieza, deslocou o goleiro e deixou tudo igual, reacendendo o sonho do título.
Empurrado pelo empate, o Flamengo passou a ocupar mais o campo ofensivo, com Pedro dando trabalho à zaga francesa. O PSG tentou responder, especialmente em bolas paradas, mas encontrou um Rubro-negro mais organizado e competitivo.
Nos minutos finais, o jogo ficou aberto. Aos 39, Pedro quase virou em um contra-ataque rápido, mas teve a finalização desviada por Marquinhos. Logo depois, Plata recebeu lançamento longo de Rossi, dominou e bateu de fora da área, mandando por cima do gol. Nos acréscimos, o PSG desperdiçou chance inacreditável: Rossi falhou no soco, Dembélé finalizou cruzado e, com o gol aberto, Marquinhos errou a conclusão dentro da pequena área.
A decisão seguiu para a prorrogação. O PSG teve mais posse, mas não conseguiu transformar o domínio em chances claras, muito por conta das intervenções decisivas de Léo Ortiz. No segundo tempo extra, Nuno Mendes arriscou de fora da área e obrigou Rossi a fazer grande defesa, mantendo o empate.
Nos pênaltis, o drama rubro-negro se intensificou. Apenas De La Cruz converteu para o Flamengo. Saúl, Pedro, Léo Pereira e Luiz Araújo desperdiçaram suas cobranças. Pelo lado do PSG, Dembélé e Barcola também erraram, mas Vitinha e Nuno Mendes foram decisivos ao converter, garantindo o título mundial para os franceses.
Assim, o Flamengo lutou, reagiu e esteve muito perto da glória, mas acabou castigado nos pênaltis. Já o Paris Saint-Germain celebrou no Catar a conquista inédita da Copa Intercontinental, coroando sua força no cenário internacional.










