O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retoma, nesta semana, sua agenda de compromissos internacionais com viagens à Rússia e à China. A primeira parada será em Moscou, onde Lula participa, a convite do presidente Vladimir Putin, das celebrações pelos 80 anos da vitória soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. A data, considerada a mais importante do calendário russo, será marcada por um grande desfile cívico-militar na Praça Vermelha no próximo dia 9 de maio.
Além da participação nas solenidades, está prevista uma reunião bilateral entre Lula e Putin, que deve ocorrer entre os dias 8 e 10 de maio. Na pauta, temas como comércio bilateral, investimentos e a posição brasileira no cenário geopolítico internacional devem ser discutidos.
Após a visita à Rússia, o presidente brasileiro seguirá para a China, onde terá compromissos oficiais nos dias 12 e 13 de maio. A viagem ocorre no contexto da Cúpula entre a China e países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). No encontro, Lula deve reforçar as parcerias econômicas e comerciais entre o Brasil e a China, além de debater temas multilaterais de interesse comum.
O ponto alto da visita será a reunião bilateral entre Lula e o presidente chinês, Xi Jinping, marcada para acontecer em meio a tensões comerciais entre China e Estados Unidos, as duas maiores economias do planeta. A guerra tarifária, iniciada ainda durante o governo de Donald Trump, continua afetando mercados e levantando preocupações sobre a estabilidade econômica global.
Esta será a segunda visita oficial de Lula à China em seu terceiro mandato. A primeira ocorreu em abril de 2023 e foi retribuída por Xi Jinping em novembro do mesmo ano, após a Cúpula do G20 realizada no Brasil. Além disso, os dois líderes estiveram juntos na Cúpula dos Brics, na África do Sul, também em 2023.
As viagens reforçam a estratégia brasileira de reposicionamento no cenário internacional e a busca por maior protagonismo em fóruns multilaterais, em meio a um cenário global marcado por disputas comerciais e tensões geopolíticas.