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Menos auxílio, mais emprego: queda de quase 1 milhão no Bolsa Família reflete avanço na renda das famílias

O número de famílias atendidas pelo Bolsa Família caiu de 20,5 milhões para 19,6 milhões em julho de 2025, uma redução de quase 1 milhão de lares. Apesar de o dado poder sugerir, à primeira vista, um possível corte orçamentário ou ajuste fiscal, o motivo da queda está ligado ao aumento da renda familiar.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS), o principal fator para o desligamento de milhares de famílias foi o avanço no rendimento, especialmente dentro do mecanismo conhecido como Regra de Proteção. Essa regra permite que famílias que ultrapassam o limite de renda de R$ 218 por pessoa permaneçam no programa por até dois anos, recebendo 50% do valor original do benefício.

Entre os cerca de 958 mil desligamentos registrados em julho, 536 mil foram de famílias que completaram os dois anos no regime de transição, previsto pela Regra de Proteção. Outras 385 mil deixaram de receber o benefício porque passaram a ter renda superior a meio salário mínimo por pessoa, ultrapassando, assim, os critérios de elegibilidade.

O objetivo da Regra de Proteção é evitar que o medo de perder o auxílio impeça as famílias de aceitar oportunidades de emprego, funcionando como uma ponte para a estabilidade. Se, após esse período de transição, a família voltar a viver em situação de pobreza, o Retorno Garantido assegura o reingresso prioritário no programa, atuando como uma espécie de rede de segurança dentro da própria rede social.

De acordo com o governo, o Bolsa Família tem deixado de ser apenas um programa de transferência de renda e passa a ser articulado a ações de empregabilidade e inclusão produtiva. Os dados mais recentes mostram que essa estratégia pode estar surtindo efeito.

Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Brasil gerou 1,7 milhão de empregos formais em 2024, sendo que 98,8% dessas vagas foram preenchidas por pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), que identifica brasileiros em situação de vulnerabilidade social. O dado mais significativo: 1,27 milhão de novos empregados — ou cerca de 75% do totaleram beneficiários do Bolsa Família.

“São quase 3,5 milhões de pessoas que saíram da pobreza apenas neste ano”, afirmou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias. “Desde o início do governo, já são 24 milhões que superaram essa condição”, destacou o ministro.

Os números, segundo o governo federal, reforçam a ideia de que o Bolsa Família não deve ser visto como um gasto, mas como uma ferramenta de superação da pobreza e promoção da autonomia econômica das famílias brasileiras.

Com informações da Agência Brasil

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