Foi uma das cenas mais ridículas já vistas na história recente do Brasil. Em pleno 7 de setembro, data em que deveríamos celebrar nossa soberania, vimos “patriotas roxos” que sempre atacaram o vermelho das bandeiras de Cuba e da Venezuela desfilarem, sem pudor, com as cores da bandeira dos Estados Unidos. Os mesmos que gritavam “nossa bandeira jamais será vermelha” agora parecem achar bonito misturar vermelho e azul norte-americano. E, no lugar do “vai pra Cuba”, já tem gente mandando brasileiros para os EUA, mesmo com o risco de deportação.
A direita brasileira volta à lógica da divisão e pode sair prejudicada em 2026: brasileiros contra e a favor do próprio país. Foi uma fragmentação parecida, entre Nordeste e Sul, que ajudou a Lula, após sair da prisão, derrotar Bolsonaro em sua tentativa de reeleição e perdeu. Agora, Lulinha recebe novamente essa bola de divisão rolando para ele, com o time pronto para jogar na frente
Eu, que não sou daltônico, de coração continuo vendo verde, amarelo, azul e branco na bandeira do meu país. Cores que deveriam representar unidade e soberania, e não contradições meramente apaixonadas e ideológicas.
Existem causas em que diferenças precisam ser neutralizadas, em nome de algo maior: a construção de um Brasil realmente soberano. A pergunta é: quando vão aprender isso?
