A Polícia Civil da Paraíba deflagrou na manhã desta quarta-feira (5) duas grandes operações, Leviatã e Libertas, contra facções criminosas que atuavam em várias cidades do estado, além de locais no Rio Grande do Norte e no Rio de Janeiro. Ao todo, foram cumpridos 33 mandados de prisão preventiva e 41 de busca e apreensão.
Segundo o superintendente da Polícia Civil, Paulo Ênio, entre os alvos estão chefes de facções que, mesmo presos, continuavam comandando crimes por meio de celulares. As investigações resultaram na apreensão de armas de fogo, drogas como maconha e cocaína, além do sequestro de bens de alto valor, incluindo uma SW4 avaliada em R$ 200 mil pertencente ao grupo.
Um dos líderes do bando já se encontra preso e deve responder por mais um processo criminal. Outro homem, apontado como chefe da facção na zona leste de Campina Grande, também foi alvo da operação, assim como suspeitos que atuavam em cidades do Curimataú paraibano e em comunidades de Campina Grande.
No Rio Grande do Norte, dois suspeitos foram alvos por venderem armas ao grupo, entre elas uma arma fabricada em impressora 3D, apreendida em março deste ano na cidade de Nova Floresta.
Já na Operação Libertas, os mandados foram cumpridos contra investigados por envolvimento com tráfico de drogas, assaltos e um homicídio ocorrido em abril deste ano. Entre os alvos, está um ex-guarda municipal que havia perdido o cargo por condenação em assalto a banco em 2022, mas foi recontratado em 2025 por “excepcional interesse público”. Ele é apontado como líder da facção nas cidades de Cubati e São Vicente do Seridó, e suspeito de mandar matar rivais na região.
Os nomes das cidades onde os mandados foram cumpridos não foram divulgados. A Polícia Civil deve apresentar os detalhes das operações em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (5), em Campina Grande.
