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STF inicia interrogatório de Bolsonaro e outros sete acusados de tentativa de golpe

Brasília (DF) – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), iniciou nesta segunda-feira (9) os interrogatórios do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus acusados de tentativa de golpe de Estado. As audiências começaram às 14h e devem seguir até as 20h.

Os depoimentos ocorrem de forma presencial na sala da Primeira Turma do STF, com exceção do general Walter Braga Netto, que participa por videoconferência por estar preso. Todos os réus estão obrigados a acompanhar as oitivas do início ao fim.

Estão sendo ouvidos os investigados do chamado “núcleo 1” do inquérito. O primeiro a depor é o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e colaborador premiado da investigação. Na sequência, os interrogatórios seguem em ordem alfabética:

  • Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin;
  • Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;
  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022.

Acusações

Quase todos os acusados respondem por cinco crimes:

  • Organização criminosa armada;
  • Tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito;
  • Tentativa de golpe de Estado;
  • Dano qualificado por violência e grave ameaça;
  • Deterioração de patrimônio tombado.

A exceção é o deputado Alexandre Ramagem, que responde apenas pelos três primeiros crimes. Os demais só poderão ser analisados ao fim do seu mandato parlamentar, por decisão do STF.

Dinâmica das audiências

O ministro Alexandre de Moraes conduz os interrogatórios, com a presença dos demais ministros da Primeira Turma e do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Os réus se sentam em mesas organizadas por ordem alfabética, acompanhados de seus advogados. Mauro Cid será o único na mesa frontal junto ao seu defensor.

Aos réus, é garantido o direito constitucional de falar ou permanecer em silêncio.

Próximas datas

Caso os interrogatórios não sejam concluídos hoje, o STF já definiu um calendário de continuidade:

  • 10 de junho: 9h às 20h
  • 11 de junho: 8h às 10h
  • 12 de junho: 9h às 13h
  • 13 de junho: 9h às 20h

Após a conclusão dos depoimentos, Moraes elaborará o relatório do caso e apresentará seu voto para julgamento, ainda sem data prevista

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