A cidade de Serra Branca vive um momento de transição e expectativas. Sob nova liderança, a gestão atual tem buscado imprimir seu ritmo de trabalho e abrir caminhos para o desenvolvimento, especialmente com foco na atração de novos empreendimentos e na valorização da economia local.
É natural que, em qualquer início de gestão, ajustes e correções sejam necessários. Alguns equívocos ainda precisam ser reparados para que os compromissos assumidos com a população sejam plenamente cumpridos e a administração alcance o nível de eficiência e profissionalismo esperado.
Mais lamentável do que os equivocos naturais de uma gestão que se inicia em construção, é o comportamento de certos setores da sociedade, muitos deles acostumados com o poder de barganha, com o “berro” chantagista e o velho vício de viver da máquina pública. Gente que parece querer “matar o boi antes da engorda”, boicotando a própria cidade para preservar privilégios. O atraso, quando grita, grita alto, e em Serra Branca ele tem vozes conhecidas.
A Rainha do Cariri, com toda sua beleza natural e potencial econômico, precisa se libertar dessas figuras que, ao longo da história, mamaram até secar nos peitos da cabritinha, prejudicando a maioria restante da população, que foram forçados a seguir tais caminhos do cordão “verde ou azul”. O momento exige mudança de mentalidade, exige parar de pensar apenas em si e começar a enxergar Serra Branca como um projeto coletivo.
Ernildo e cia, apesar dos erros e da necessidade urgente de profissionalizar ainda mais sua equipe, tem mostrado disposição para trazer investimentos, algo que, por mérito ou por novas conexões, já coloca sua gestão em posição de vantagem em relação à administração passada. A memória recente nos mostra uma cidade com lixões expostos, obras de gosto duvidoso, como a famigerada iluminação da BR-412, que virou motivo de chacota e comparação com a entrada bem cuidada de São José dos Cordeiros, como só dois exemplos de muitos.
Não se trata de defender por defender, mas de avaliar com isenção o terreno a ser trabalhado e focar na busca pelo resultado. A gestão ainda precisa se ajustar, entregar obras de maior impacto, abandonar o amadorismo em áreas técnicas e fazer valer a promessa de uma Serra Branca empreendedora e inovadora.
Sem nem precisar falar tanto sobre a emblemática obra do Laureano, as margens da BR-412, a cidade começa a se mostrar mais viva, mais atrativa. Empresas estão chegando. Há movimento, há esperança. Mas é preciso manter o foco, calar o grito dos que torcem contra e fazer da Rainha do Cariri o que ela merece ser: grande, moderna e governada com equilíbrio do seus ajudando.
É preciso ter paciência agora, para não correr o risco de queimar a língua depois…
JOSINALDO RAMOS.