Vivemos um momento em que tudo está muito exposto. Redes sociais, mensagens, vídeos ao vivo e agora a inteligência artificial fazem com que qualquer coisa possa ser vista, comentada e julgada rapidamente. Por isso, é importante pensar com calma: até onde uma pessoa, empresa ou governo deve responder pelo que outras pessoas fazem ao seu redor?
A resposta é simples: só se deve assumir responsabilidade quando houver ligação direta, incentivo, omissão ou envolvimento. Fora isso, tentar culpar alguém é, na melhor das hipóteses, um erro de interpretação; na pior, uma tentativa de manipular.
Mas não é só isso. Hoje, mais do que nunca, é preciso cuidar profissionalmente da imagem, seja de uma empresa, um político, uma prefeitura ou um pequeno negócio. Tudo comunica, e tudo pode virar notícia, print ou comentário. Por isso, não dá para deixar essa tarefa nas mãos de quem faz “só um favor amigo”.
Se você é gestor público, empresário, profissional liberal ou influenciador, saiba que sua imagem e reputação não podem ficar nas mãos de qualquer um. O público está cansado de informações demais e confusas. Ele só presta atenção no que é claro, bem feito e verdadeiro.
Não é questão de vaidade, mas de mostrar para as pessoas quem você é, o que você faz, e quais são seus valores e responsabilidades.
Pense em três etapas: o antes (planejamento e cuidado com a mensagem), o meio (produção feita por quem entende do assunto) e o fim (avaliar o que historicamente deu certo e o que pode melhorar). Nada pode ser feito no improviso ou só para agradar grupos pequenos.
Hoje, como você conta sua história importa quase tanto quanto o que realmente aconteceu. Por isso, cuide bem da sua comunicação, com responsabilidade e clareza. E lembre-se: responsabilidade é para quem age, não para quem só aparece na foto ou agrada a poucos ou quase ninguém.
JOSINALDO RAMOS.