O cenário de tensão no Oriente Médio se agravou nas últimas horas após o Irã confirmar, nesta sexta-feira (13), a morte de Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária Iraniana, durante um ataque aéreo realizado por Israel. A ofensiva, que atingiu alvos estratégicos iranianos, provocou uma forte escalada no conflito regional, levando o governo israelense a decretar estado de emergência.
Enquanto a crise militar se intensificava, uma delegação brasileira, que cumpre agenda oficial em Israel, precisou buscar refúgio em abrigos de segurança. Entre os integrantes está o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), que relatou o clima de apreensão vivenciado no país.
De acordo com o gestor paraibano, sirenes de alerta soaram por diversas vezes na noite de quinta-feira (12), pelo horário de Brasília, já madrugada de sexta-feira em Israel. Em vídeo enviado diretamente do país do Oriente Médio, Cícero descreveu os momentos de tensão.
“Estamos todos aqui no alojamento da viagem e no campus universitário, onde há abrigos. Já fomos duas vezes para lá depois que a sirene tocou”, afirmou.
O prefeito revelou ainda que a situação está sendo acompanhada de perto pela Embaixada do Brasil e pela Câmara dos Deputados. Segundo ele, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos), atua junto ao Itamaraty para viabilizar uma possível antecipação da viagem de volta da comitiva brasileira.
“Estamos no aguardo. A embaixada já fez contato. Existe a possibilidade de antecipar o retorno. O presidente Hugo Motta tem nos dado apoio e está em contato direto com o Itamaraty”, completou.
Mesmo diante da tensão crescente na região, Cícero Lucena procurou tranquilizar a população paraibana e seus familiares.
“Fiquem tranquilos. Vamos ter fé, está tudo em paz. Vai dar tudo certo. Em breve estarei chegando aí na nossa terra amada. Fé em Deus”, declarou.
A morte de Hossein Salami representa um dos episódios mais graves no conflito entre Israel e Irã nos últimos anos, com potencial de ampliar as hostilidades em uma das regiões mais instáveis do planeta. Autoridades internacionais acompanham o desenrolar dos fatos, enquanto Israel mantém restrições no espaço aéreo e alerta máximo para novos ataques.
