A Polícia Federal desarticulou um esquema familiar que vendia aprovações em concursos públicos por até R$ 500 mil em Patos, no Sertão da Paraíba. O grupo usava tecnologia avançada para fraudar provas, incluindo pontos eletrônicos implantados cirurgicamente e comunicação em tempo real durante os exames. Além do dinheiro, aceitava pagamentos em ouro, veículos e até procedimentos odontológicos.
De acordo com a investigação, o esquema era liderado por Wanderlan Limeira de Sousa, ex-policial militar expulso em 2021. Ele negociava com os candidatos, coordenava a logística das provas e distribuía os gabaritos. A quadrilha atuava há mais de uma década, corrompendo agentes de fiscalização e usando métodos sofisticados de fraude e falsificação para garantir vagas em concursos de alto escalão.
Entre os concursos alvo do esquema estavam a Polícia Federal, Polícias Civil e Militar, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e o Concurso Nacional Unificado (CNU). Os valores cobrados variavam de acordo com o cargo e a complexidade das provas.
A Polícia Federal continua investigando outros membros da família e possíveis cúmplices. O caso reforça a necessidade de maior fiscalização e segurança nos concursos públicos, alertam especialistas.
Com G1 Paraíba.
