O historiador Leonardo Trevisan, professor de Relações Internacionais da ESPM, avaliou que o Brasil ocupa posição estratégica no cenário mundial por reunir duas riquezas fundamentais: água e capacidade de produção de alimentos. A análise foi feita durante participação no programa WW Especial, da CNN, que discutiu a possibilidade de o país recorrer à tecnologia nuclear em seu sistema de defesa diante do aumento das tensões globais.
Segundo o professor, a visão de que apenas os Estados Unidos buscam influência política no Brasil é limitada. “Nós seremos cobiçados porque temos 13% da reserva aquífera do mundo”, afirmou. Ele destacou ainda que o território brasileiro concentra o maior potencial para garantir a segurança alimentar do planeta, fator que desperta o interesse de grandes potências.
Trevisan citou a soja como exemplo desse poder estratégico. “É um produto-chave que demanda muita água e permite a transformação de proteína vegetal em animal, algo que o mundo inteiro buscará”, ressaltou.
Para o especialista, a conjugação de recursos hídricos e capacidade agrícola coloca o Brasil no centro das atenções de países como China e Estados Unidos, ampliando a complexidade da disputa geopolítica.
Com CNN.










